sábado, setembro 6

sexta-feira, setembro 5

part deux

Concluída a análise da tela, vamos a um ponto que era relativamente desleixado nos Palms antigos: o som.

O alto-falante melhorou bastante, e se não é nenhum "acorda vizinho", tem um volume adequado. Faltou um alerta vibratório, já presente no M5xx, por exemplo. Outro detalhe é que os toques de alarme continuam o padrão. Para um mini computador que reproduz MP3, poderia ser melhor.

Mas tudo muda quando você encaixa um par de fones de ouvido. O som passa a ser estéreo e a qualidade de reprodução aumenta exponencialmente. MP3 a 192Kbps ficam com som de CD, são reproduzidos sem pulos nem chiados e em segundo plano, o que quer dizer: você abre o RealOne Mobile Player, começa a tocar a música e vai fazer algo, como ler um livro ou consultar a agenda ou mesmo um documento, e a música continua tocando. Se você deixar por mais de 1 minuto, a tela se apaga e o som continua.

Câmera digital

Parece que a vocação do Zire 71 é realmente a multimídia. Como se não bastasse a tela e o som melhorados, uma câmera digital decente acompanha o pacote, espertamente escondida atrás do corpo de alumínio. Deslizando a parte azul para cima, o obturador aparece, com uma lente de f2.8 (ou seja, rápida e precisa). Três opções de resolução: 640x480, 320x240 ou 160x120. Normalmente, você vai usar sempre a maior resolução, que é ótima para Web e impressões pequenas, até 9x12 ou 10x15, com boa vontade. Mas não espere uma ampliação do tamanho de uma folha A4. Abaixo, uma foto tirada com o Zire:



Comparando a qualidade das fotos com a Cybershot, ele perde - mas aí também é dose. Mas uma luta mais justa seria entre o Nokia 7650 e o Zire, e aí o Zire ganha. Verdade é, a Cybershot é excelente, mas eu não vou carregar uma câmera digital semiprofissional pra todo lado. Já o palm e o celular vão comigo pra quase qualquer canto.

Em relação ao uso, é bastante simples. Basta ativar o modo câmera, ou seja, deslizar a parte azul para cima que o Palm trava no modo câmera e o display fica praticamente todo usado para a visualização do assunto enquadrado. O foco é fixo e "pega" qualquer coisa a partir de 15 centímetros de distância. O controle de branco é automático, mas tem modos programados para luz do sol, fluorescente e fotos internas (i.e. dentro de casa) Ativando o modo fluorescente, ele corrige o efeito esverdeado. Não há flash, mas a lente rápida consegue um bom resultado mesmo em iluminação deficiente. Outra opção é a do datador, aqui tido como "carimbo de data". Eu dispenso - até porque é muito fácil colocar um texto qualquer depois, mesmo no MS Paint, sem estragar a imagem original.

Uma outra "dentro" da Palm: o ótimo Palm Photos, o programa que acompanha o Palm Desktop. Uma vez que a foto foi passada para o PC, temos as opções de cortar, girar e duas funções automáticas, a redução de olho vermelho (meio esquisito, pois olho vermelho é causado por flash, e não temos flash embutido) e aprimorar, que é equivalente ao Auto Levels do Photoshop (!!!) - ou seja, ele trabalha com histograma de cores e corrige alguns distúrbios/desvios, efetivamente melhorando a tonalidade de cor das fotos.


Sonic


Shining Force

Como temos um processador de 144Mhz (ao invés do 33Mhz do M130 e o mísero 16Mhz do Zire), sobra gás para coisinhas extras. Os jogos da Sega foram adaptados através de um emulador, ou seja, um programa que traduz jogos do Game Gear para o Palm, diretamente. Oldgamerz vão adorar :) Existe também a opção do Liberty, que é um emulador de Game Boy e tem o ArmZX que roda programas do antigo TK90X/TK95. Ê nostalgia...

Quanto aos aplicativos, a velocidade aumentou e MUITO. Os cálculos de planilhas ficaram quase que imediatos, a procura e a responsividade geral do sistema melhorou e até mesmo o acesso ao cartão de memória turbinou de vez.

Outro detalhe interessante é que aparentemente foi eliminada a necessidade de reset pelo botão. Se o sistema travar de vez, ele se reinicia automaticamente depois de um tempo. Quem tinha um Palm sabe o que é ficar preso na tela de reset e o palm travado, nem desliga. Se não tiver um clipe por perto, fica com ele ligado até cansar a bateria. Parece que este detalhe foi resolvido. O botão de reset ainda existe, pelo sim pelo não - escondido, perto da lente da câmera.

Talvez a única grande falha do pacote oferecido é a falta do Documents to Go. "Esquecido" para poupar custos, o aplicativo ganhou prêmios nas versões 4 e 5, inclusive formatando documentos melhor que o Pocket Word e Pocket Excel (ironia suprema). Vinha com o M130. Vem com os Tungsten. Chegou a vir com o Zire simples (!!!). Cadê, Palm?
Se você vai fazer um upgrade, tem direito de continuar a usando o programa, e o DtG 4 suporta parcialmente a alta resolução no Sheet to Go (Excel). Mas o DtG 5 é quem realmente brilha com a tela melhorada, inclusive suportando fontes como Times, Arial e Courier. O Sheet to Go introduz uma opção Zoom que permite ver mais informação na tela, essencial se você trabalha com uma planilha média, e a navegação entre as células fica intuitiva com o joystick.

Bem, fora esse detalhe, é um excelente pacote, e fica recomendado a todos.

Mini review - Zire 71

Na quarta-feira passada, chegou minha encomenda da Americanas.com - um Zire 71 que eu namorava já faz algum tempo, e finalmente pude fazer um upgrade do meu antigo m130. Como nunca vi reviews que respondessem às questões que usuários de verdade têem, decidi escrever o meu próprio. Cacete, eu lá quero saber se ele pesa 10 gramas a mais ou a menos que sei lá o quê? Vamos ao quesito mais realista: como ele se comporta, qual é a impressão de usar um. E resolvi o mistério da capa dele. É metal ou plástico? Leia e saberá.

Logo de cara, o pacote é GRANDE. Impressiona pelo tamanho. Ao invés da caixa de papelão que vinha com os modelos antigos (desde a série 3 até a série M), a Palm decidiu usar um blister de plástico. Jogada de marketing ou não (caixa transparente=compra por impulso), é mais complicado de abrir. Este que vos fala precisou de uma tesoura e bastante paciência. Uma vez aberta, a caixa está (parcialmente) arruinada, então os guardadores de tudo não vão gostar muito deste detalhe. Mas calma, fica melhor depois.

Como sou impaciente, liguei o bichinho logo de cara. Não sei se dei sorte, mas a bateria estava com uma meia-carga que deu pra matar a curiosidade inicial. Duas horas depois...

Ligo o Palm, e que bela surpresa. Bela no sentido estrito da coisa - a tela é maravilhosa. Sério, fica até difícil descrever. Ou melhor, pra mim fica fácil, mas nem todo mundo vai entender. Imagine que você usa óculos, e está sem eles. Fica tudo meio borrado, né? Agora coloque de volta os óculos. Pronto. Toda a minha vida de uso de Palm (desde 1998) eu estava sem óculos. Depois do Zire 71, mudou tudo. A tela é desse jeito. Não é apenas a melhor tela que a Palm já fez. É uma das melhores telas de cristal líquido que existem. Ponto. Inclua laptops nesse bolo. Tem muito Compaq Armada e Toshiba Satellite aí que vão ficar mal na fita.

Tentando uma comparação básica, estou disponibilizando fotos, claro.

Primeiro uma comparação básica de tamanho. Não repare na qualidade...


De cara, dois pontos positivos: a Palm diminuiu o tamanho do Zire, mas AUMENTANDO a área útil. Repare como a área do Grafitti 2 é bem maior. Dois coelhos com uma paulada só...

O bilotinho no meio é uma espécie de joystick, que os marketeiros chamaram de five-way navigator. Efetivamente, é um controle de quatro direções mais a opção de apertar o botão para selecionar. É bastante semelhante ao do Nokia 7650, e útil na navegação em geral, mas um pouco esquisito se for usar para jogos. O m130 tinha apenas dois botões para cima-para baixo, então de qualquer forma é uma melhora. Se você pressionar ele com o Zire desligado, ele vai para o relógio. Pessoalmente eu achei uma boa idéia no M1xx o reloginho, mas com ele você tinha a janela de plástico transparente na capa. O Zire 71 eu já acho meio dispensável, principalmente porque é relativamente fácil acionar essa função por acidente, o que acontece quase que 100% das vezes que você coloca ele na capa que recebe de brinde.

Epa. Capa??

Isso. Ninguém me avisou, mas ele vem com uma SENHORA capa de Neoprene com uma armação ao redor. BOA, Palm. Muito boa. Só faltou avisar os usuários :))) Voltando ao assunto: A capa é bem desenhada, fecha com velcro, protege. Não espere uma capa de couro irlandês com detalhes em ouro branco. Neoprene, bordas de elástico duro, armação em volta. Protege, e bem. A única parte que fica mais exposta é a de cima, nos cantos - mas eu julgo que seja porque a capa ainda está meio dura, à medida em que ela amolecer o Palm "desce" mais no interior dela. Resistente, sim. Cumpre a missão. Se quiser frescura, pague a mais :)

O design em si já é um neoclássico. Azul com prata, mantendo a tradição dos Palms criativos, ou seja, os desenhados para o público jovem ou jovem de coração :) A série Tungsten, por exemplo, já é mais sóbria, com cinza e preto predominando.

E o tal do fundo do Zire? Metal ou plástico???

Resposta: OS DOIS!

O fundo, que é o que você pega, é de metal. Mas entre o fundo e o próprio Palm existe uma camada interna de plástico (próximo ao botão da câmera), que deve ser para isolar as partes deslizantes. Por isso que muita gente fica se perguntando se é metal ou plástico. Espertos.

Voltando ao que mais me impressionou: a tela. Vou deixar as imagens falando por si só. Abaixo, 3 telas de cristal líquido: Zire 71, M130 e para comparação, o Nokia 7650, que tem uma boa tela também.

Nokia 7650


Palm M130


Zire 71


...e olhe que essas fotos ainda não fazem justiça.

(Continua)

domingo, agosto 31

Aí do lado tem o link do Kurumin, versão mais nova.

Você vai precisar de um cliente gnutella para pegar. Uma boa pedida é o Shareaza
Interessante. A Sharman Networks, dona do Kazaa, está tentando banir o Kazaa Lite do Google. Para isso, tentou usar a legislação... de direitos autorais!

Muita cara de pau.