Part deux
Cá estou eu a voltar minha crítica contra os [id]iotas que se julgam cult.
Coisa comum entre eles: achar que a obscuridade engrandece a informação.
Caso uma sentença, uma frase, esteja indecifrável senão por uma seleta tribo de pseudo-intelectuais, falsos mestres, essa idéia expressa valeria ouro.
Já que é assim, sejamos dadaístas.
Observe atentamente a frase abaixo:
bhjivgrnjioiolcef jkljk basdf bjk asdfiou j sdvjkl jkl
Entendeu?
Acabei de definir o sentido da vida.
(pelo menos seguindo a lógica torpe desses loucos)
Uma pessoa sensata diria que eu teclei aleatoriamente um bando de baboseiras. E seria a pura verdade, porque foi o que fiz. Mas apenas extrapolei uma lógica, algo que alguns acreditam.
E olha que com isso eles até comem gente...
Não existe coisa pior para a alma humana que a baixa auto-estima. Faz-nos acreditar que qualquer merreca seja uma salvação, que o que não entendemos é melhor, mais refinado.
Não foi à toa que eu rasguei um texto de Jairnilson Paim, em plena sala de aula, na frente da "tia", na aula sobre Saúde Coletiva (ainda nos tempos de acadêmico de Medicina).
Ideologicamente falando, o texto era, por assim dizer, dez.
Mas a execução... construções esdrúxulas, inversão de idéias, rebuscamento ao extremo. PRA QUÊ? O público-alvo do texto em questão, mera apostila, era um grupo de estudantes de Medicina que estava tendo um primeiro contato com o conceito de Saúde Coletiva. Se a intenção do referido Professor Doutor era assustar os alunos, parabéns. Todos odiaram o texto, tentaram interpretar, queimaram a mufa para entender uma coisa simples, e que podia ser explicada de forma clara.
E foi exatamente por isso que eu rasguei esse troço. Não pra chamar a atenção, não pra dar uma de rebelde, fodão ou sei lá o quê. Rasguei, pedi desculpas em seguida, expliquei o que havia compreendido do texto, graças à minha formação em Português no Ensino Médio (e às minhas raízes, mas deixa isso pra lá). E protestei que a informação não deveria ser oculta com jogos de idéias e abstrações.
Não naquele contexto, não naquela aula. Para nós, a informação deveria ser massificada, expandida. O próprio conceito da Internet prevê isso. Então, qual o sentido em andar na contramão da história?
Ah, já sei. Ser diferente.
That's it. Só que, sinceramente falando, esses seres diferentes são todos iguais.
Eu volto.
segunda-feira, outubro 14
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